A equipe de educação ambiental da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) iniciou um mutirão de orientações destinado aos moradores de seis ilhas localizadas na Baía de Paranaguá. O trabalho, realizado casa a casa desde sexta-feira (11/09/2015), inclui orientações sobre a correta destinação do lixo e os cuidados para evitar a dengue.

O diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, explica que o mutirão de informação integra os Programas de Educação Ambiental e de Comunicação Social, previstos no Plano de Controle Ambiental do Porto de Paranaguá.

“O trabalho será realizado em cada uma das residências existentes nestas Ilhas. As nossas equipes já estiveram em cerca de 100 casas na Ilha do Teixeira e Europinha”, reforça Dividino. Também vão receber a visita dos técnicos da Appa os moradores das Ilhas, Eufrasina, Amparo, Piaçaguera e Vila São Miguel.

O diretor de Meio Ambiente dos Portos de Paranaguá e Antonina, Marco Aurélio Ziliotto, informa que a coleta de lixo nas Ilhas é feita pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Paranaguá, uma vez por semana.

“Ainda não existe um local adequado em cada uma das comunidades para o condicionamento dos resíduos. No entanto, a Appa está colaborando com a Secretaria Municipal do Meio de Paranaguá na elaboração de um programa voltado à coleta, separação e destinação correta dos resíduos gerados nas Ilhas”, relata Ziliotto. O projeto será baseado na metodologia do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos realizado pela Appa.

De acordo com os técnicos que trabalham em campo, os moradores são orientados pela Prefeitura a levar o seu lixo até o trapiche para que a coleta aconteça semanalmente.

“No entanto, culturalmente, muitos moradores têm o hábito de enterrar e queimar o lixo. A ação da Appa tem o intuito de alertar sobre as consequências dessa atitude”, explica a bióloga e educadora ambiental a serviço da Appa, Alethéa Ferreira.

ORIENTAÇÕES – Durante a visita, os técnicos perguntam aos moradores qual a solução adotada para a disposição dos resíduos sólidos e como percebem o problema da dengue.

Os profissionais também atuam na sensibilização das famílias para que façam a separação dos resíduos – plástico, vidro, lâmpadas, latas, papeis e lixo orgânico, entre outros. A equipe alerta sobre as consequências da queima do lixo e os danos ambientais causados quando resíduos que podem ser reciclados são enterrados como, por exemplo, o plástico. A compostagem dos resíduos orgânicos é outra alternativa repassada aos moradores de forma detalhada.

A pescadora Eslaine Cristina de Lima Souza, moradora da Ilha do Teixeira há nove anos, disse ter ficado contente com a visita da equipe da Appa.

“É bom saber que existem entidades preocupadas com a nossa qualidade de vida. Aqui, a maioria das pessoas queima o lixo porque não tem onde jogar. Ninguém quer guardar o lixo amontoado no quintal”, enfatiza. “No entanto, eles não sabem o risco para a saúde que a atitude de queimar o lixo pode trazer”, completa Eslaine.

Ela destacou o fato da abordagem sobre a Dengue estar relacionada com a geração de resíduos e com a realidade local. “Gostei de ouvir que para evitar a proliferação do mosquito da dengue devemos deixar as embarcações viradas para baixo, vistoriar com frequência lonas e redes de pesca para evitar o acúmulo de resíduos e limpar o quintal com frequência”, ressaltou.

Os técnicos também chamam a atenção das famílias para situações que podem favorecer o desenvolvimento do mosquito, os sintomas da doença e os cuidados que precisam ser tomados, incluindo procurar o médico.

Após esta etapa, a Appa faz um Diagnóstico Socioambiental Participativo que reflete e identifica os conflitos socioambientais apontados pelos ilhéus.

“As visitas possibilitam uma aproximação maior com a comunidade. A receptividade é grande, pois demonstra o nosso interesse em ouvi-los, sanar suas dúvidas e buscar a solução conjunta para os problemas”, enfatiza Ziliotto. O trabalho nas ilhas acontece em setembro e outubro.

Fonte: Governo do Paraná.

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